A Escatologia e as Posições Escatológicas
1 – SIGNIFICADO E IMPORTÂNCIA DA ESCATOLOGIA
Escatologia é o estudo das “últimas coisas”, ou seja, que
estão reservadas para o futuro do homem e do mundo. Trata, basicamente, do período
do arrebatamento, das ressurreições, da tribulação, da volta de Cristo, do
milênio e do juízo final.
Assim como outras áreas da Teologia, a escatologia é
bastante complexa e apresenta inúmeras dificuldades. Isso faz com que muitos
considerem seu estudo de importância secundária, mas essa é uma visão
inexata.
Objetivos do estudo da escatologia pelos crentes:
Oferecer alegria em meio à aflição (2Co 4.17; 1Ts 4.18);
Encorajar a viver em santidade (1Jo 3.3); Ajudar no ensino e na correção dos
crentes, já que faz parte das Escrituras (2Tm 3.16,17); Fornecer informações sobre a vida futura
(2Co 5.8).
2 – VISÃO PÓS-MILENISTA
Consiste na crença de que o “milênio” deve ser um período
indefinido de tempo na própria era em que vivemos, sendo que Jesus voltará ao
final desse período. A. H. Strong, em seu livro Teologia Sistemática, esse
milênio seria:
“Um período, nos dias finais da igreja militante, quando,
sob a influência especial do Espírito Santo, o espírito dos mártires deverá
ressurgir, a verdadeira religião será grandemente estimulada e revivida, e os
membros das igrejas de Cristo ficarão tão conscientes da sua força em Cristo
que chegarão a uma abrangência antes desconhecida e triunfarão sobre o poder do
mal tanto dentro quanto fora dela.”
Para os pós-milenistas,
um “período dourado” de paz e harmonia se instalará nos últimos dias da nossa
era, quando os cristãos serão dominantes no mundo e Satanás estará amarrado de
uma maneira especial. Esse período será encerrado pela volta de Jesus e seguido
da ressurreição e dos julgamentos.
Quanto às alianças e promessas não cumpridas ainda em
relação a Israel (que os dispensacionalistas afirmam que serão cumpridas no
milênio), os pós-milenistas dizem estar sendo cumpridas hoje com a igreja (para
os pós-milenistas, não há distinção entre Israel e igreja e a igreja atual é o
Israel de Deus).
Essa posição cresceu, principalmente na segunda metade do
segundo milênio, devido aos avanços obtidos pelos homens. Acabou por perder
força após as guerras mundiais.
3 – VISÃO AMILENISTA
O amilenismo defende a inexistência de um “milênio” antes do
fim do mundo. Postula que haverá sempre dois reinos, o de Deus e o pertencente
a Satanás, até que Jesus volte e promova a ressurreição e o juízo.
Quanto ao milênio em si, alguns amilenistas pensam se tratar do que a igreja vive hoje na Terra, enquanto outros acham que se trata da realidade dos santos atualmente no céu.
Quanto ao milênio em si, alguns amilenistas pensam se tratar do que a igreja vive hoje na Terra, enquanto outros acham que se trata da realidade dos santos atualmente no céu.
No tocante às alianças e promessas não cumpridas ainda em
relação a Israel, os amilenistas dizem que elas não precisam se cumprir, pois
eram promessas “condicionais”. Para tanto, o amilenismo utiliza,
principalmente, uma hermenêutica fundamentalmente “alegórica” para interpretar
os profetas do AT.
Importante: Nem o pós-milenismo, nem o amilenismo creem em
um reinado futuro de Cristo na Terra.
4 – VISÃO PRÉ-MILENISTA
É a visão que afirma que a Segunda Vinda de Cristo se dará
antes do milênio. Isso abrirá o cronômetro para um período de tempo de mil anos
nos quais Cristo vai reinar. Também entende que haverá nesse período,
além de juízos, ressurreições. Terminará com o Grande Trono
Branco, o juízo final. Dentro dessa visão há certa discordância sobre quando
ocorrerá o arrebatamento da igreja.
Para que alguém seja pré-milenista,
é imperativo que creia firmemente na Bíblia como a Palavra de Deus inspirada e
inerrante e utilize uma interpretação normal ou literal das Escrituras, também
chamada de interpretação histórico-gramatical.
Quanto às alianças e promessas não cumpridas ainda em
relação a Israel, os pré-milenistas creem que
serão todas cumpridas durante o milênio, quando Cristo reinará na Terra (2Sm
7.11-16), restaurará a nação de Israel (Jr 31.31-34; Ez 36.24-36) e lhe dará a
terra prometida a Abraão (Gn 15.18-21) e que nunca foi antes “plenamente”
possuída pelos israelitas – notar que o texto indica como limite Norte o rio
Eufrates, o que significa que essa terra incluirá o território do Líbano e um
pedaço da Síria.
Os pré-milenistas fazem distinção entre Israel e a igreja.
Para eles, Deus tem planos históricos para cada um deles.
AS ALIANÇAS INCONDICIONAIS DE DEUS
COM ISRAEL
a) Aliança Abraâmica — Promessa da TERRA a Abraão (Gn
12.1-3; 15.18-21). b) Aliança Davídica — Promessa de um TRONO perpétuo a um
descendente do Davi (2Sm 7.11-16). c) Nova Aliança — Promessa de um novo TRATO
com Deus por meio da conversão nacional (Jr 31.3134; Ez 36.24-36; Jl
2.28-32).
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Palavra